Entidades dão início à composição da mata ciliar na represa São
Salvador em Sapé. Projeto
também conta com parcerias com as usinas Japungu e Miriri
O Centro de Conscientização,
Defesa Ambiental e Social (Cedams) está executando um projeto para a composição
da mata ciliar na represa São Salvador em Sapé. O projeto prever o envolvimento
do Governo do Estado, Prefeitura de Sapé, Ministério Público, órgãos
ambientais, escolas públicas e privadas e entidades parceiras como a Associação
Atlética Banco do Brasil de Sapé-PB. A represa São Salvador, construída em
1992, está localizada a seis quilômetros do município de Sapé, com uma área de
1.889.000 m2 e capacidade máxima de 12.657.520 metros cúbicos. A represa e seu
principal tributário, o riacho do mesmo nome, estão situados na Bacia Inferior
do Rio Paraíba.
Na última terça-feira (28), O Cedams recebeu 2.060 mudas de ipê
para o projeto de reflorestamento. As mudas foram doadas pela Associação de
Formação e Incentivo para o Nordeste Karente (Afink), com sede na cidade de
Araruna (PB). A Afink estabeleceu como meta para o ano de 2020 doar 150 mil
mudas de árvores nativas e frutíferas, a exemplo de ipês roxos, róseos e
amarelos, além de caju, acerola, graviola e goiaba. Mais de 20 cidades serão
contempladas com as mudas. “A Afink prevê uma produção de
mais de e cinquenta mil mudas para este ano e parte dessa produção será usada
nesse projeto que também contará com as parcerias das usinas Japungu e Miriri
na produção de mudas e auxílio técnico”, destacou Marlindo
Francelino Gomes, presidente do Cedams.
O projeto também recebe o apoio logístico da Associação Atlética
Banco do Brasil (AABB-Sapé) que mantém uma área com a produção de mudas de
plantas medicinais, ornamentais e frutíferas. A AABB-Sapé também abriga a sede
do Cedams e a parceria já tem resultado em diversos projetos ambientais e
sociais no município. “A AABB-Sapé é mais que um clube
desportivo e de entretenimento, é um ambiente de pesquisa e execução de
projetos socioambientais que têm atraído parcerias e voluntários para
desenvolver esses projetos, inclusive a composição da mata ciliar na represa
São Salvador em Sapé”. Destacou Jorge Galdino, presidente da
AABB-Sapé.
A mata ciliar é a vegetação que acompanha o curso d’água, ou
seja, é a cobertura que fica às margens dos rios, lagos, igarapés, represas e
olhos d’água. O nome refere-se ao fato dela funcionar como um cílio, que
protege os olhos contra a poeira, mas nesse caso defende os rios contra o
assoreamento evitando que ocorra o alargamento desses locais e,
consequentemente, a diminuição da profundidade da água.
A importância da mata ciliar é enorme para a flora e para a
fauna. Ela funciona como uma espécie de filtro e impede a contaminação das
águas por produtos poluentes, como os usados na agricultura, e possibilita a
absorção de nutrientes como nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio.
A mata ciliar é uma área de preservação permanente, que segundo
o Código Florestal Brasileiro deve-se manter intocada, e caso esteja degradada
deve-se prever a imediata recuperação. Toda a vegetação natural (arbórea ou
não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de
reservatórios, deve ser preservada. De acordo com esta lei, a largura da faixa
de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso
d’água.
O Decreto de nº 6.514, de 2008, que regulamenta a lei de crimes
ambientais prevê ainda que a área mínima de florestas mantidas nos rios com até
10 metros de largura deve ser de 30 metros de mata preservada. Já para rios
entre 10 e 50 metros de largura, a área de mata deve ter 50 metros. Em rios de
50 a 200 metros de largura, esse número sobre para 100 metros de mata. Caso o
rio exceda 600 metros de largura, a mata preservada em suas margens deve ser de
500 m. Para nascentes e olhos d’água, a mata mínima conservada deve compreender
um raio de 50 metros de largura.
Da Redação do Portal GPS com a
AABB-Sapé

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